http://meucaminhodesantiagodecompostela.blogspot.com.br/2012_08_21_archive.html#2295184412637474667#links
No link acima está meu diário dos dias que estive na França, Espanha e Portugal, mas o enfoque principal é os dias que percorri a pé o caminho de Santiago de Compostela, pela Rota de Napoleão, também conhecida como Rota Francesa iniciou em Saint Jean Pied de Port na frança e fui a pé até o litoral da Espanha, na cidade de Fisterra, totalizando aproximadamente 900 quilômetros em 46 dias.
BLOG DO SIMÕES!
SEJA BEM VINDO!
5 de jun. de 2014
DIFERENÇAS ENTRE LÍDER E CHEFE
José ** ********* Simões
DIFERENÇAS ENTRE LÍDER E CHEFE
Curitiba
2011
José ** ********* Simões
DIFERENÇAS ENTRE LIDER E CHEFE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Superior de
Tecnologia em Gestão Pública do Instituto Federal do Paraná, como requisito
parcial de avaliação.
Orientadora: Profª MSc Olivia S. de Lima Leite
Curitiba
2011
AGRADECIMENTOS
A Deus pela
oportunidade de concretização de mais uma etapa.
À Orientadora, Profª MSc Olivia S. de Lima Leite,
pelo comprometimento e orientações precisas em todos os momentos solicitados.
A
todos que de forma direta ou indireta contribuíram para realização deste
trabalho.
SUMÁRIO
1. Introdução..............................................................................................................5
2. Chefes, Líder e
Lideranças....................................................................................6
2.1
Chefe.................................................................................................................6
2.2 Chefe no Poder
Público.....................................................................................7
2.3 Líder e
Liderança...............................................................................................8
3. Estilos e Personalidade
de Liderar......................................................................9
3.1 Autocrático..........................................................................................................9
3.2 Democrático.....................................................................................................10
3.3 Laissez- faire....................................................................................................11
4. Teorias de Lideranças..........................................................................................11
4.1 Teoria Genética................................................................................................11
4.2 Teoria dos Traços da
Personalidade................................................................12
4.3 Teoria Contingencial ou Situacional.................................................................12
5.
Diferenças entre Chefe e
Líder............................................................................13
6.
Conclusão.............................................................................................................14
7. Bibliografia...........................................................................................................14
LISTA DE QUADROS
Quadro 1
– Diferenças no estilo de atuação entre chefe e líder...........................13
DIFERENÇAS ENTRE LÍDER E CHEFE
LEITE, Olivia S. de Lima[2]
RESUMO
Líder ou chefe são cargos ocupados por pessoas,
dentro das empresas privadas e nas instituições públicas, cujas funções são
supervisionar e direcionar as equipes ou grupos de pessoas nas suas atividades,
porém com atuações diferenciadas. Enquanto o chefe tem o poder hierárquico
outorgado e oficializado, o líder pela sua forma de conduzir a equipe tem
seguidores e colaboradores, e sua atuação é mais humanizada. A seleção do chefe
nas instituições públicas, para a ocupação deste cargo, difere das empresas
privadas. Enquanto na privada contrata, no setor público ocorre a nomeação dos
servidores públicos. O objetivo deste artigo é fazer um estudo bibliográfico
mostrando as diferenças entre líder e chefe, e chefe no setor privado e
público, além de um enfoque especial sobre líder e liderança. No decorrer da
história estudou-se e escreveu-se sobre liderança, resultando nas mais diversas
teorias. Entretanto, na atualidade, constata-se que algumas delas são
impossíveis de se aplicar por apresentarem falhas. Este estudo apresenta diversos
estilos e formas de atuação de um líder frente às equipes, assim como os meios utilizados
para influenciar os subordinados, com o objetivo de atingir as metas da empresa
ou instituição.
Palavras - chave: Líder. Chefe. Liderança.
- Introdução
Liderar e
chefiar são tipos de comandos que estão presentes no serviço público,
organizações e empresas, apesar de suas atuações serem distintas e
diferenciadas. Entretanto, observa-se no ambiente de trabalho o uso destes
comandos como sinônimo.[3]
Este
artigo propõe enfatizar e distinguir as diferenças entre os dois termos, por
meio de pesquisa bibliográfica e pela observação direta intensiva. Por
considerar um tópico importante e fundamental nas relações de trabalho, onde
está presente a liderança formal ou informal, o presente estudo dará um enfoque
especial às teorias e estilos de liderança, ao perfil e qualidades de líder, e
sua relação interpessoal na equipe de trabalho.
Para que
as equipes operacionais de uma instituição possam atingir os objetivos a que se
propõem, e suas metas sejam alcançadas, precisam ser lideradas ou chefiadas. E
é primordial que haja um comprometimento, uma linguagem comum e cooperação de
todos os membros, e a liderança da equipe esteja em total sintonia com as
diversas personalidades que a compõem.
2.
Chefes, Líder e Lideranças
2.1 Chefe
Chefiar
é assumir a responsabilidade final pelo resultado das metas estipuladas pela
equipe, por isto, com autoridade, determina quais as metas e os meios para serem
alcançados. Sua função é fazer o grupo funcionar, dentro de suas diretrizes
gerenciais, para conseguir que os objetivos do departamento, do setor ou da
organização sejam atingidos.
O chefe ou líder formal é detentor de autoridade porque a
hierarquia superior lhe nomeou e outorgou poderes, oficializando-o legalmente.
“[...] é alguém que foi oficialmente investido de autoridade e poder
organizacional e geralmente recebe o titulo de gerente, diretor ou supervisor,
e a quantidade de poder é determinada pela posição ocupada”. (Montana e Charmov
1998, p. 221).
Observam-se os fatores, legalidade da nomeação e da
autoridade, e se subentende poder. O poder de decisão e de direcionamento dos
métodos para conduzir os trabalhos da equipe operacional, para qual o resultado
final é de sua responsabilidade.
Nesta posição, os resultados positivos ou negativos das
realizações dos objetivos da organização passam a ser resultado do método
utilizado, das habilidades das pessoas, e da técnica do chefe para conduzir e
direcionar os trabalhos da equipe.
O chefe vê sua equipe como recursos humanos, e assim
escolhe as pessoas para compô-la, pois a gloria ou fracasso passa a ser mérito seu
e não da equipe que efetuou os trabalhos. E a equipe ou grupo está a serviço da
chefia.
Esta forma de outorgar poder a uma pessoa e nomeá-la com o
título de chefe, de lugares estratégicos nas organizações, sendo ela a única a
receber o mérito dos resultados do esforço realizado pela equipe, acaba por
criar uma situação de desconforto nos integrantes do grupo, gerando “feudos” de
oposição, resistência e conflitos, e passam a ver o chefe como usurpador.
Segundo Arantes (2008, p. 21), “essa é uma postura arcaica, inadequada e
ineficiente, e que tem levado muitos projetos e organizações ao fracasso”.
2.2 Chefe no Poder Público
No serviço público a posição de chefe é
assumida por um servidor público, por nomeação, enquanto no privado ela ocorre
por contratação. Não existe concurso público para cargos de chefia, diretor ou
outra prerrogativa desta atribuição. As características principais de nomear,
dentro do quadro de funcionários do Estado, acontecem por critérios de
qualificações, afinidades e questões políticas. Cria-se uma situação de
“status” para funcionário/servidor público, porém ela é provisória e
temporária, devido ao fato de periodicamente ocorrer a troca do poder executivo[4], e quando esta troca acontece,
geralmente é feita uma reestruturação de todos os níveis da organização
governamental.
Para um servidor público assumir esta responsabilidade haverá
um diferencial no salário, e outras garantias trabalhistas, pois caso contrário
ter o titulo de chefe [apenas por ter] seria incoerente, afinal ele estará
assumindo a responsabilidade de coordenar e gerenciar as atividades do
departamento, setor ou instituição para o qual foi designado. De acordo com Cusins
(1994, p. 9) “[...] a
gerência assume o papel de direcionar e conjugar esforços, comunicar, liderar,
motivar, avaliar e recompensar as pessoas dentro da organização”.
Observa-se que pela razão da nomeação do poder ser
temporária e a fonte do poder que outorgou a autoridade ao chefe poderá ser
mudada, e este chefe poderá ser substituído, as atitudes e a forma de conduzir
a equipe tornam-se diferenciadas, ou seja, diferentes do setor privado, no
tocante às relações com as pessoas. O chefe sabe que sua posição hierárquica é
temporária e os subordinados também, e nesta relação interpessoal, o chefe
“inteligente” atua mais como líder, dirigindo as equipes de forma harmoniosa, e
gerenciando os conflitos, tendo suas atuações com características de liderança informal,
não é explícito, pois seu cargo é legalmente líder formal “chefe”.
2.3 Líder e Liderança
Líder, palavra antiga de
origem germânica, lad quer dizer
caminho. Um ladem era aquele que
mostrava o caminho, se referia àquela pessoa que conduzia e liderava os
viajantes pelos caminhos entre os vilarejos.
A liderança é a capacidade
de influenciar de forma positiva sobre uma equipe de trabalho ou grupo de
pessoas, e, com base na experiência profissional e pessoal do líder, adquirir
credibilidade e aceitação perante elas, na realização e resultados dos
objetivos a qual se propõe este grupo de pessoas. Segundo Cooper (2009, p. 4),
“a liderança pode ser definida como ter um desempenho de maneira consistente,
de forma a realizar mudanças positivas em pessoas e empresas, para fornecer
serviços e/ ou produtos.”
Liderar
ou estar na liderança é estar à frente para conduzir, direcionar, delegar
obrigações e tarefas a ser realizada na empresa, organização ou qualquer outra
atividade que envolve pessoas para realizar uma determinada tarefa ou
obrigações. E esta realização de tarefas dependerá do engajamento e compromisso
das pessoas, que poderá receber um titulo de grupo de serviço ou simplesmente
equipe.
“Liderar
é, antes de mais nada, ser capaz de administrar o sentido que as pessoas dão
àquilo que estão fazendo”, acrescentando que “essa administração do sentido
implica o conhecimento e domínio das características da cultura da organização,
ao mesmo tempo em que liderar exige também o conhecimento do sentido que cada
um dá à atividade que desempenha”, para finalizar reconhecendo que “no cruzamento dessas duas fontes de
significado é que o líder se tem proposto, cada vez de forma mais clara, como
elemento chave dentro das organizações” (BERGAMINI, 1994: 22)
Na atualidade o líder tem espírito de chefia, mas não
necessariamente, é a pessoa com a capacidade de influenciar seus colaboradores,
de forma ética, de modo que os resultados aconteçam. Segundo Arantes (2008, p.
08), “a maior habilidade de um líder [...] saber lidar com as pessoas.”
De acordo com Fiorelli (2000, p.173), o líder busca
motivar, mobilizar e debater, por meio do consenso e orientação, a “capacidade
que algumas pessoas possuem de conseguir que outras, de modo espontâneo,
ultrapassem o estabelecido formalmente.”
Um líder com diversas habilidades, nata ou adquirida,
lidera as pessoas e conduz para a realização dos objetivos da organização. Segundo
Ponder (2010, p.18), “liderança é a
capacidade de conseguir a realização das coisas certas na hora certa, com
assistência de outras pessoas.”
3.
Estilos e Personalidade de Liderar
Estilo de liderança se refere ao comportamento de um
líder. É o resultado da personalidade e filosofia do líder, na sua atuação a
frente da equipe.
Os estilos são teorias do comportamento
e atuação do líder formal ou informal. Embora existam diversos estilos, a
atuação do líder deve ser ético e responsável e estar comprometido com a equipe
de trabalho.
Entre os diversos estilos de liderança existem a afetiva,
a diretiva, a autoritária, a democrática, a visionária, a liberal, a coaching,
a modeladora, a participativa e a carismática, entre outras. Neste artigo serão
focados os estilos autocrático, democrático e o Laissez- faire, da teoria de White e
Lippitt[5]
3.1 Autocrático
Também chamado de liderança Autoritária ou Diretiva é o
estilo onde o líder decide e toma as decisões individuais, fixa as diretrizes e
metas sem a participação do grupo, desconsiderando totalmente as opiniões dos
liderados. “É também reconhecido como clássico ou tradicional. O líder
normalmente gosta do papel de ser a pessoa no comando [...], ‘a
responsabilidade é minha’ captura a essência deste tipo de líder.” (COOPER,
2009, p.07)
O líder determina as tarefas que cada um deve fazer
dentro da equipe e usa do poder para influenciar os subordinados. Neste estilo de
liderança a tomada de decisão é rápida, porém, observa-se certa tensão, queda
do moral, agressividade dos membros da equipe, falta de iniciativa e
espontaneidade.
3.2 Democrático
Também chamada de liderança Participativa ou Consultiva, trata-se
de um estilo de liderança onde há a participação efetiva da equipe, em todas as
decisões. Aqui as diretrizes e técnicas
das tarefas são decididas pela equipe, e é estimulada pelo líder. A própria
equipe planeja e toma as decisões para atingir as metas, e o líder passa a ser
conselheiro e orientador. Dentro deste contexto,
“Os
líderes democráticos concentram-se nos seus seguidores porque sentem que o bem
estar de sua equipe é de grande importância. Eles tendem a ser facilmente
acessíveis, orientados para relacionamento e respeitam os sentimentos dos
outros. Preferem liderar seus colegas de equipe pela colaboração e
transferência do poder. Estão convencidos de que a execução das tarefas será
melhor se considerarem as necessidades de seus funcionários. Esses colegas de
equipes tendem a ter uma satisfação mais alta no trabalho.” (PONDER 2010 p.25).
Neste tipo de liderança se observa a preocupação com as
relações humanas e a visão compartilhada de responsabilidade está inserida nas
equipes. Desta liderança derivam pessoas criativas, motivadas e participativas.
Este estilo de liderança procura criar a idéia da
responsabilidade comum, onde todos são responsáveis pelos resultados. Dá grande
ênfase à visão compartilhada, como sendo uma das diretrizes das relações do
grupo, motivando a serem mais produtivos e realmente estarem todos efetivamente
comprometidos com os objetivos da equipe.
O resultado deste estilo cria na
equipe uma ressonância de valorização e comprometimento. Tomando decisões em
conjunto, eleva a auto-estima, pois são responsáveis pelos meios e resultados
dos objetivos. Quanto à visão
compartilhada Senge diz que:
“Uma
visão compartilhada não é uma idéia. Nem que essa idéia seja tão importante
quanto à liberdade. Ao contrário, é uma força no coração das pessoas, uma força
de impressionante poder. Pode ser inspirada por uma idéia, mas quando evolui ,
quando é estimulante o suficiente para obter o apoio de mais de uma pessoa, deixa
de ser uma abstração. Torna-se palpável. As pessoas começam a vê-la como se
existisse. Poucas forças, se é que existe alguma, nas questões humanas, são tão poderosas quanto a uma visão
compartilhada.” (SENGE, 2010, p. 233)
3.3 Laissez-
faire
Também chamada de Liberal ou Rédea solta – termo oriundo
da língua francesa e significa “não interfiram”. Os membros da equipe, com este
estilo de liderança, têm mais liberdade na execução das suas metas e tomadas de
decisão, que podem ser individual ou em grupos, assim como escolhas de
companheiros para executar as tarefas. Indica possivelmente uma equipe auto
dirigida, sem a necessidade de ter uma liderança constante. Neste estilo, os
subordinados decidem os métodos e políticas do serviço, “condição na qual os líderes
fazem o que lhes pareça correto e deixam fazer o que lhes parece correto aos
membros de um grupo” (Belohlavek, 2005 p. 89).
Se a equipe não for homogênea e seus membros compromissados
com as tarefas a serem executadas, pelas características deste estilo, podem
ocorrer problemas na execução das atividades. Outro fator a considerar é a falta
de participação do líder, ou quando ele só participa se questionado pela
equipe, resumindo sua atuação a comentários irregulares sobre as atividades e
obrigações da equipe ou membros. Esta negligencia pode resultar na ocorrencia
de falhas e erros, e, consequentemente, gerar muitas oscilações, forte
individualismo e pouco respeito para com o líder. Segundo Montana e Charmov
(1998, p. 258), trata-se de um “estilo gerencial empobrecido.”
4. Teorias de Lideranças
No decorrer dos séculos o homem procurou estudar,
entender, discutir, e desenvolveu diversas teorias referentes à líder e
liderança, gerando assim uma vasta bibliografia, que, segundo Dubrin (1998, p.
02), “cerca de 30.000 artigos de pesquisa, matérias de revistas e livros já
foram escritos sobre liderança no século XX.”
4.1 Teoria Genética
É uma teoria antiga, no qual explicava as
habilidades de liderança, e acreditava-se que os líderes herdavam os genes de
seus pais, e assim já nasciam líderes.
Esta teoria estava intrinsecamente relacionada à realeza, pois os reis
acreditavam no direito divino. E isto levou as famílias reais a casarem entre
si, acreditando que seus descendentes nasceriam com as características e
atitudes de líderes.
“A frase ‘um líder é nato, não feito’ resume
esta abordagem
[...] A força da abordagem genética é que ela prontamente explica as origens da
liderança: se você é um líder é porque você herdou genes de liderança ou da sua
mãe ou de seu pai ou de ambos. Como visto nas práticas das famílias reais
através da historia, aqueles que concordavam com a abordagem genética da
liderança tendem a se casar com outros da realeza.” (MONTANA E CHARMOV, 1998,
p. 221).
Esta teoria fracassou não
sendo mais considerada e aceita quando se observou que num contexto econômico,
onde a dinâmica e a competitividade eram necessárias, principalmente após a
primeira guerra mundial[6], pessoas
que não pertenciam à realeza conseguiram com suas habilidades próprias o poder
e a influência na sociedade. Neste caso, “a teoria genética não pode explicar
adequadamente por que esses indivíduos chegaram à posição de liderança.” (Montana e Charmov, 1998, p. 226).
4.2 Teoria
dos Traços da Personalidade
Também conhecida como Teoria da Pessoa Notável, é
um ramo da psicologia que estuda as características comuns e diferentes de uma
pessoa. Esta teoria parte do pressuposto de que algumas pessoas possuem traços
de personalidade que os distingue com as qualidades de liderança. Estes traços
de personalidade, que os diferenciam dos demais, são caracterizados pela
habilidade interpessoal, ou seja, a habilidade de se relacionar com as pessoas,
a capacidade de cooperação, a autoconfiança, flexibilidade, persuasão e
persistência.
Uma das particularidades desta teoria é que ela
apenas indica aquelas pessoas com características e combinações de traços de
personalidade, que identificam um potencial para liderança, pois são pessoas
com impulso de realização e entusiasmo intelectual. “A abordagem das qualidades
(ou traços) fundamenta-se na convicção de que a liderança consiste de
determinadas características herdadas, ou traços de personalidade, que
distinguem os líderes de seus seguidores.” (Laurie, 2004. p. 237).
4. 3 Teoria Contingencial ou Situacional
Esta teoria não enfoca líder, mas sim a sua
liderança, e os fatores situacionais e os liderados, quando se refere ao líder
dá crédito à autoridade formal. Aqui se destaca o cenário das relações de
liderança e os liderados e as tarefas que estão sendo executadas dentro da
empresa ou instituição.
Uma característica desta teoria é a possibilidade
de resposta e ajuste do líder às situações. Estes ajustes podem ser no estilo
de atuação, concordando assim com Montana e Charmov (1998, p. 231), quando afirmam que “[...] a eficácia
de um líder é circunstancial ao comportamento do líder e a sua interação com os
aspectos da situação.”
Partindo do princípio situacional, se conclui que
não existe um estilo de liderança adequado e ideal, mas o líder deve ajustar um
determinado estilo com a situação. Quanto aos liderados, a teoria aborda as
expectativas e as motivações e interesses, assim aquele que satisfazer estes
interesses para os liderados será considerado líder.
5. Diferenças entre Chefe e Líder
O chefe tem o poder
hierárquico podendo fazer uso dele, por exemplo, contratando ou demitindo, em
empresas privadas, conforme seus critérios ou vontade. E nas empresas públicas,
transferir os subordinados para outro setor ou instituição, em situações graves
de disciplina ou desvio de conduta do servidor, e após os procedimentos de
sindicância exonerar o servidor público.
E quanto
ao líder, muitas vezes pode ser um colega da equipe, que com suas atitudes e
competência profissional, técnicas culturais em consonância com a equipe,
acabam por ter seguidores e colaboradores.
Q QUADRO 1 – DIFERENÇAS NO ESTILO DE
ATUAÇÃO ENTRE CHEFE E LÍDER
CHEFE
|
LÍDER
|
[...] COLOCA AS PESSOAS A SEU SERVIÇO...
|
[...] SERVE ÁS PESSOAS...
|
[...] ESCOLHE AS PESSOAS...
|
[...] É ESCOLHIDO PELAS PESSOAS...
|
[...] TÊM SUBORDINADOS...
|
[...] TEM SEGUIDORES...
|
[...] PENSA EM RECURSOS HUMANOS...
|
[...] PENSA EM PESSOAS...
|
[...] PODER DE COMANDAR...
|
[...] PERMISSÃO DA EQUIPE...
|
[...] OLHA PARA O EXTERIOR DAS PESSOAS...
|
[...] OLHA PARA O INTERIOR DAS PESSOAS
|
FONTE: (ARANTES, 2008, p. 22 e 23)
6.
Conclusão
As
diferenças entre líder e chefe são grandes, porém pode-se considerar como uma
atuação ideal o chefe apresentar-se com as características e personalidade de
líder, unificando os conhecimentos técnicos e teóricos do chefe com as atitudes
ponderadas e humanizadas do líder.
Ao longo dos anos tem-se debatido, estudado e formulado diversas
teorias relacionadas ao tema líder e liderança. No presente estudo, chegou-se a
um consenso e concluiu-se que qualquer pessoa pode se tornar um líder se
estiver disposta, tiver capacidade de adquirir habilidades, conhecimentos, e souber
interagir de forma positiva com as pessoas na realização de uma atividade.
Concluiu-se, ainda, que para um líder ser considerado eficaz
e ideal, faz-se necessário mesclar os estilos de liderança, e usar um estilo em
cada situação, conforme descreve a Teoria Situacional, página 12. Outro fator
importante é considerar os diversos perfis e ter empatia com as personalidades
que compõe a equipe.
A maioria dos líderes eficientes
consegue avaliar a equipe e ver como está desenvolvendo as atividades, o
comprometimento e a sinergia, e aplicar o estilo de liderança necessário ou
adequado. Diante desta constatação, pode-se afirmar que ser líder é influenciar um grupo
de pessoas e ser influenciado pelo grupo.
Espera-se
que este estudo possa servir para auxiliar os futuros e atuais chefes ou
líderes das empresas, públicas ou privadas, no sentido de se tornarem grandes e
eficientes aos olhos de seus companheiros de equipe, contribuindo assim para o
crescimento pessoal e profissional de todos.
7.
Bibliografia
ARANTES, D. 101 Diferenças entre Chefe e Líder . São Paulo: Fênix, 2008.
BELOHLAVEK. P. Aprendizagem guiada por conselheiros. São
Paulo: Blue Eagle, 2005.
BERGAMINI, C. W. Liderança,
Administração do Sentido. São Paulo: Atlas, 1994.
COOPER, A.
A. Como ser um líder. São Paulo:
Cengage Learning, 2009.
CUSINS, P. Gerente de sucesso.
São Paulo: Clio, 1994.
FIORELLI,
J. O. Psicologia para administradores:
integrando teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000.
MONTANA, J. P. CHARNOV, H. B. Administração. São Paulo: Saraiva, 1998.
PONDER, R.
D. Liderança passo a passo. São
Paulo: M. Books, 2010.
SENGE, P.M.
A quinta disciplina. São Paulo: Best Seller, 1999.
http://www.maurolaruccia.adm.br/trabalhos/lider2.htm (04/02/2011)
[1] Funcionário Público Estadual, jose40simoes@msn.com
[2] Graduada em
Pedagogia e Orientação Educacional. Pós Graduada em Pedagogia Empresarial
/ Psicopedagogia Clínica e Institucional. Especialista em Educação,
Desenvolvimento e Políticas Educativas. Mestre em Ciências da Educação. Orientadora
do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Instituto Federal do Paraná –
Educação a Distância. oliviasll@yahoo.com.br / http://www.oliviasll-psicopedagoga.blogspot.com
[3] Esta concepção talvez
surja por haver nomeação daqueles com perfil de liderança a chefia. (Nota do
autor)
[4] Nas eleições pode ocorrer a troca do
Presidente, Governador ou Prefeito (nota do autor).
[5] White e Lippitt fizeram um estudo em 1939 para verificar o
impacto causado por esses três diferentes estilos de liderança em meninos de
dez anos, orientados para a execução de tarefas. Os meninos foram divididos em
quatro grupos e, de seis semanas, a direção de cada grupo era desenvolvida por
líderes que utilizavam três estilos diferentes: a liderança autocrática, a
liderança liberal (laissez-faire) e a liderança democrática.
[6] Evidenciada na Revolução Industrial.
Assinar:
Postagens (Atom)