5 de jun. de 2014

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No link acima está meu diário dos dias que estive na França, Espanha e Portugal, mas o enfoque principal é os dias que percorri a pé o caminho de Santiago de Compostela, pela Rota de Napoleão, também conhecida como Rota Francesa iniciou em Saint Jean Pied de Port na frança e fui a pé até o litoral da Espanha, na cidade de Fisterra, totalizando aproximadamente 900 quilômetros em 46 dias.

DIFERENÇAS ENTRE LÍDER E CHEFE


   
               
José ** ********* Simões








DIFERENÇAS ENTRE LÍDER E CHEFE







Curitiba
2011
José ** ********* Simões





DIFERENÇAS ENTRE LIDER E CHEFE


Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Instituto Federal do Paraná, como requisito parcial de avaliação.

Orientadora: Profª MSc Olivia S. de Lima Leite







Curitiba
2011
AGRADECIMENTOS



            A Deus pela oportunidade de concretização de mais uma etapa.
            À Orientadora, Profª MSc Olivia S. de Lima Leite, pelo comprometimento e orientações precisas em todos os momentos solicitados.
            A todos que de forma direta ou indireta contribuíram para realização deste trabalho.




SUMÁRIO


1.  Introdução..............................................................................................................5
2. Chefes, Líder e Lideranças....................................................................................6
     2.1 Chefe.................................................................................................................6
     2.2 Chefe no Poder Público.....................................................................................7
     2.3 Líder e Liderança...............................................................................................8
3.  Estilos e Personalidade de Liderar......................................................................9
    3.1 Autocrático..........................................................................................................9
    3.2 Democrático.....................................................................................................10
    3.3 Laissez- faire....................................................................................................11
4. Teorias de Lideranças..........................................................................................11
    4.1 Teoria Genética................................................................................................11
    4.2 Teoria dos Traços da Personalidade................................................................12
    4.3 Teoria Contingencial ou Situacional.................................................................12
5. Diferenças entre Chefe e Líder............................................................................13
6. Conclusão.............................................................................................................14
7.  Bibliografia...........................................................................................................14



LISTA DE QUADROS


Quadro 1 – Diferenças no estilo de atuação entre chefe e líder...........................13









DIFERENÇAS ENTRE LÍDER E CHEFE


SIMÕES, José ** ********* [1] 
                                                                   LEITE, Olivia S. de Lima[2]




RESUMO


Líder ou chefe são cargos ocupados por pessoas, dentro das empresas privadas e nas instituições públicas, cujas funções são supervisionar e direcionar as equipes ou grupos de pessoas nas suas atividades, porém com atuações diferenciadas. Enquanto o chefe tem o poder hierárquico outorgado e oficializado, o líder pela sua forma de conduzir a equipe tem seguidores e colaboradores, e sua atuação é mais humanizada. A seleção do chefe nas instituições públicas, para a ocupação deste cargo, difere das empresas privadas. Enquanto na privada contrata, no setor público ocorre a nomeação dos servidores públicos. O objetivo deste artigo é fazer um estudo bibliográfico mostrando as diferenças entre líder e chefe, e chefe no setor privado e público, além de um enfoque especial sobre líder e liderança. No decorrer da história estudou-se e escreveu-se sobre liderança, resultando nas mais diversas teorias. Entretanto, na atualidade, constata-se que algumas delas são impossíveis de se aplicar por apresentarem falhas. Este estudo apresenta diversos estilos e formas de atuação de um líder frente às equipes, assim como os meios utilizados para influenciar os subordinados, com o objetivo de atingir as metas da empresa ou instituição.


Palavras - chave: Líder. Chefe. Liderança.  
     
  1. Introdução

Liderar e chefiar são tipos de comandos que estão presentes no serviço público, organizações e empresas, apesar de suas atuações serem distintas e diferenciadas. Entretanto, observa-se no ambiente de trabalho o uso destes comandos como sinônimo.[3]
               Este artigo propõe enfatizar e distinguir as diferenças entre os dois termos, por meio de pesquisa bibliográfica e pela observação direta intensiva. Por considerar um tópico importante e fundamental nas relações de trabalho, onde está presente a liderança formal ou informal, o presente estudo dará um enfoque especial às teorias e estilos de liderança, ao perfil e qualidades de líder, e sua relação interpessoal na equipe de trabalho.
Para que as equipes operacionais de uma instituição possam atingir os objetivos a que se propõem, e suas metas sejam alcançadas, precisam ser lideradas ou chefiadas. E é primordial que haja um comprometimento, uma linguagem comum e cooperação de todos os membros, e a liderança da equipe esteja em total sintonia com as diversas personalidades que a compõem.

2. Chefes, Líder e Lideranças

2.1 Chefe

               Chefiar é assumir a responsabilidade final pelo resultado das metas estipuladas pela equipe, por isto, com autoridade, determina quais as metas e os meios para serem alcançados. Sua função é fazer o grupo funcionar, dentro de suas diretrizes gerenciais, para conseguir que os objetivos do departamento, do setor ou da organização sejam atingidos.
O chefe ou líder formal é detentor de autoridade porque a hierarquia superior lhe nomeou e outorgou poderes, oficializando-o legalmente. “[...] é alguém que foi oficialmente investido de autoridade e poder organizacional e geralmente recebe o titulo de gerente, diretor ou supervisor, e a quantidade de poder é determinada pela posição ocupada”. (Montana e Charmov 1998, p. 221).
Observam-se os fatores, legalidade da nomeação e da autoridade, e se subentende poder. O poder de decisão e de direcionamento dos métodos para conduzir os trabalhos da equipe operacional, para qual o resultado final é de sua responsabilidade.
Nesta posição, os resultados positivos ou negativos das realizações dos objetivos da organização passam a ser resultado do método utilizado, das habilidades das pessoas, e da técnica do chefe para conduzir e direcionar os trabalhos da equipe.
O chefe vê sua equipe como recursos humanos, e assim escolhe as pessoas para compô-la, pois a gloria ou fracasso passa a ser mérito seu e não da equipe que efetuou os trabalhos. E a equipe ou grupo está a serviço da chefia.
Esta forma de outorgar poder a uma pessoa e nomeá-la com o título de chefe, de lugares estratégicos nas organizações, sendo ela a única a receber o mérito dos resultados do esforço realizado pela equipe, acaba por criar uma situação de desconforto nos integrantes do grupo, gerando “feudos” de oposição, resistência e conflitos, e passam a ver o chefe como usurpador. Segundo Arantes (2008, p. 21), “essa é uma postura arcaica, inadequada e ineficiente, e que tem levado muitos projetos e organizações ao fracasso”.

2.2 Chefe no Poder Público

No serviço público a posição de chefe­­­­­ é assumida por um servidor público, por nomeação, enquanto no privado ela ocorre por contratação. Não existe concurso público para cargos de chefia, diretor ou outra prerrogativa desta atribuição. As características principais de nomear, dentro do quadro de funcionários do Estado, acontecem por critérios de qualificações, afinidades e questões políticas. Cria-se uma situação de “status” para funcionário/servidor público, porém ela é provisória e temporária, devido ao fato de periodicamente ocorrer a troca do poder executivo[4], e quando esta troca acontece, geralmente é feita uma reestruturação de todos os níveis da organização governamental. 
Para um servidor público assumir esta responsabilidade haverá um diferencial no salário, e outras garantias trabalhistas, pois caso contrário ter o titulo de chefe [apenas por ter] seria incoerente, afinal ele estará assumindo a responsabilidade de coordenar e gerenciar as atividades do departamento, setor ou instituição para o qual foi designado. De acordo com Cusins (1994, p. 9) “[...] a gerência assume o papel de direcionar e conjugar esforços, comunicar, liderar, motivar, avaliar e recompensar as pessoas dentro da organização”.
Observa-se que pela razão da nomeação do poder ser temporária e a fonte do poder que outorgou a autoridade ao chefe poderá ser mudada, e este chefe poderá ser substituído, as atitudes e a forma de conduzir a equipe tornam-se diferenciadas, ou seja, diferentes do setor privado, no tocante às relações com as pessoas. O chefe sabe que sua posição hierárquica é temporária e os subordinados também, e nesta relação interpessoal, o chefe “inteligente” atua mais como líder, dirigindo as equipes de forma harmoniosa, e gerenciando os conflitos, tendo suas atuações com características de liderança informal, não é explícito, pois seu cargo é legalmente líder formal “chefe”.

2.3 Líder e Liderança

Líder, palavra antiga de origem germânica, lad quer dizer caminho. Um ladem era aquele que mostrava o caminho, se referia àquela pessoa que conduzia e liderava os viajantes pelos caminhos entre os vilarejos.   
A liderança é a capacidade de influenciar de forma positiva sobre uma equipe de trabalho ou grupo de pessoas, e, com base na experiência profissional e pessoal do líder, adquirir credibilidade e aceitação perante elas, na realização e resultados dos objetivos a qual se propõe este grupo de pessoas. Segundo Cooper (2009, p. 4), “a liderança pode ser definida como ter um desempenho de maneira consistente, de forma a realizar mudanças positivas em pessoas e empresas, para fornecer serviços e/ ou produtos.”
Liderar ou estar na liderança é estar à frente para conduzir, direcionar, delegar obrigações e tarefas a ser realizada na empresa, organização ou qualquer outra atividade que envolve pessoas para realizar uma determinada tarefa ou obrigações. E esta realização de tarefas dependerá do engajamento e compromisso das pessoas, que poderá receber um titulo de grupo de serviço ou simplesmente equipe.
“Liderar é, antes de mais nada, ser capaz de administrar o sentido que as pessoas dão àquilo que estão fazendo”, acrescentando que “essa administração do sentido implica o conhecimento e domínio das características da cultura da organização, ao mesmo tempo em que liderar exige também o conhecimento do sentido que cada um dá à atividade que desempenha”, para finalizar reconhecendo que  “no cruzamento dessas duas fontes de significado é que o líder se tem proposto, cada vez de forma mais clara, como elemento chave dentro das organizações” (BERGAMINI, 1994: 22)

Na atualidade o líder tem espírito de chefia, mas não necessariamente, é a pessoa com a capacidade de influenciar seus colaboradores, de forma ética, de modo que os resultados aconteçam. Segundo Arantes (2008, p. 08), “a maior habilidade de um líder [...] saber lidar com as pessoas.”
De acordo com Fiorelli (2000, p.173), o líder busca motivar, mobilizar e debater, por meio do consenso e orientação, a “capacidade que algumas pessoas possuem de conseguir que outras, de modo espontâneo, ultrapassem o estabelecido formalmente.”
Um líder com diversas habilidades, nata ou adquirida, lidera as pessoas e conduz para a realização dos objetivos da organização. Segundo Ponder (2010, p.18), “liderança é a capacidade de conseguir a realização das coisas certas na hora certa, com assistência de outras pessoas.”
             
3. Estilos e Personalidade de Liderar

Estilo de liderança se refere ao comportamento de um líder. É o resultado da personalidade e filosofia do líder, na sua atuação a frente da equipe.
               Os estilos são teorias do comportamento e atuação do líder formal ou informal. Embora existam diversos estilos, a atuação do líder deve ser ético e responsável e estar comprometido com a equipe de trabalho.
Entre os diversos estilos de liderança existem a afetiva, a diretiva, a autoritária, a democrática, a visionária, a liberal, a coaching, a modeladora, a participativa e a carismática, entre outras. Neste artigo serão focados os estilos autocrático, democrático e o Laissez- faire, da teoria de White e Lippitt[5]

3.1 Autocrático

Também chamado de liderança Autoritária ou Diretiva é o estilo onde o líder decide e toma as decisões individuais, fixa as diretrizes e metas sem a participação do grupo, desconsiderando totalmente as opiniões dos liderados. “É também reconhecido como clássico ou tradicional. O líder normalmente gosta do papel de ser a pessoa no comando [...], ‘a responsabilidade é minha’ captura a essência deste tipo de líder.” (COOPER, 2009, p.07)     
O líder determina as tarefas que cada um deve fazer dentro da equipe e usa do poder para influenciar os subordinados. Neste estilo de liderança a tomada de decisão é rápida, porém, observa-se certa tensão, queda do moral, agressividade dos membros da equipe, falta de iniciativa e espontaneidade.

3.2 Democrático

Também chamada de liderança Participativa ou Consultiva, trata-se de um estilo de liderança onde há a participação efetiva da equipe, em todas as decisões.  Aqui as diretrizes e técnicas das tarefas são decididas pela equipe, e é estimulada pelo líder. A própria equipe planeja e toma as decisões para atingir as metas, e o líder passa a ser conselheiro e orientador. Dentro deste contexto,
“Os líderes democráticos concentram-se nos seus seguidores porque sentem que o bem estar de sua equipe é de grande importância. Eles tendem a ser facilmente acessíveis, orientados para relacionamento e respeitam os sentimentos dos outros. Preferem liderar seus colegas de equipe pela colaboração e transferência do poder. Estão convencidos de que a execução das tarefas será melhor se considerarem as necessidades de seus funcionários. Esses colegas de equipes tendem a ter uma satisfação mais alta no trabalho.” (PONDER 2010 p.25).

Neste tipo de liderança se observa a preocupação com as relações humanas e a visão compartilhada de responsabilidade está inserida nas equipes. Desta liderança derivam pessoas criativas, motivadas e participativas.
Este estilo de liderança procura criar a idéia da responsabilidade comum, onde todos são responsáveis pelos resultados. Dá grande ênfase à visão compartilhada, como sendo uma das diretrizes das relações do grupo, motivando a serem mais produtivos e realmente estarem todos efetivamente comprometidos com os objetivos da equipe.
               O resultado deste estilo cria na equipe uma ressonância de valorização e comprometimento. Tomando decisões em conjunto, eleva a auto-estima, pois são responsáveis pelos meios e resultados dos objetivos.  Quanto à visão compartilhada Senge diz que:
“Uma visão compartilhada não é uma idéia. Nem que essa idéia seja tão importante quanto à liberdade. Ao contrário, é uma força no coração das pessoas, uma força de impressionante poder. Pode ser inspirada por uma idéia, mas quando evolui ­­­­­, quando é estimulante o suficiente para obter o apoio de mais de uma pessoa, deixa de ser uma abstração. Torna-se palpável. As pessoas começam a vê-la como se existisse. Poucas forças, se é que existe alguma, nas questões humanas, são tão poderosas quanto a uma visão compartilhada.” (SENGE, 2010, p. 233)

3.3 Laissez- faire

Também chamada de Liberal ou Rédea solta – termo oriundo da língua francesa e significa “não interfiram”. Os membros da equipe, com este estilo de liderança, têm mais liberdade na execução das suas metas e tomadas de decisão, que podem ser individual ou em grupos, assim como escolhas de companheiros para executar as tarefas. Indica possivelmente uma equipe auto dirigida, sem a necessidade de ter uma liderança constante. Neste estilo, os subordinados decidem os métodos e políticas do serviço, “condição na qual os líderes fazem o que lhes pareça correto e deixam fazer o que lhes parece correto aos membros de um grupo” (Belohlavek, 2005 p. 89).
Se a equipe não for homogênea e seus membros compromissados com as tarefas a serem executadas, pelas características deste estilo, podem ocorrer problemas na execução das atividades. Outro fator a considerar é a falta de participação do líder, ou quando ele só participa se questionado pela equipe, resumindo sua atuação a comentários irregulares sobre as atividades e obrigações da equipe ou membros. Esta negligencia pode resultar na ocorrencia de falhas e erros, e, consequentemente, gerar muitas oscilações, forte individualismo e pouco respeito para com o líder. Segundo Montana e Charmov (1998, p. 258), trata-se de um “estilo gerencial empobrecido.”

4. Teorias de Lideranças

No decorrer dos séculos o homem procurou estudar, entender, discutir, e desenvolveu diversas teorias referentes à líder e liderança, gerando assim uma vasta bibliografia, que, segundo Dubrin (1998, p. 02), “cerca de 30.000 artigos de pesquisa, matérias de revistas e livros já foram escritos sobre liderança no século XX.”

 4.1 Teoria Genética

É uma teoria antiga, no qual explicava as habilidades de liderança, e acreditava-se que os líderes herdavam os genes de seus pais, e assim já nasciam líderes. Esta teoria estava intrinsecamente relacionada à realeza, pois os reis acreditavam no direito divino. E isto levou as famílias reais a casarem entre si, acreditando que seus descendentes nasceriam com as características e atitudes de líderes.
“A frase ‘um líder é nato, não feito’ resume esta abordagem [...] A força da abordagem genética é que ela prontamente explica as origens da liderança: se você é um líder é porque você herdou genes de liderança ou da sua mãe ou de seu pai ou de ambos. Como visto nas práticas das famílias reais através da historia, aqueles que concordavam com a abordagem genética da liderança tendem a se casar com outros da realeza.” (MONTANA E CHARMOV, 1998, p. 221).

Esta teoria fracassou não sendo mais considerada e aceita quando se observou que num contexto econômico, onde a dinâmica e a competitividade eram necessárias, principalmente após a primeira guerra mundial[6], pessoas que não pertenciam à realeza conseguiram com suas habilidades próprias o poder e a influência na sociedade. Neste caso, “a teoria genética não pode explicar adequadamente por que esses indivíduos chegaram à posição de liderança.” (Montana e Charmov, 1998, p. 226).
           
 4.2 Teoria dos Traços da Personalidade

Também conhecida como Teoria da Pessoa Notável, é um ramo da psicologia que estuda as características comuns e diferentes de uma pessoa. Esta teoria parte do pressuposto de que algumas pessoas possuem traços de personalidade que os distingue com as qualidades de liderança. Estes traços de personalidade, que os diferenciam dos demais, são caracterizados pela habilidade interpessoal, ou seja, a habilidade de se relacionar com as pessoas, a capacidade de cooperação, a autoconfiança, flexibilidade, persuasão e persistência.
Uma das particularidades desta teoria é que ela apenas indica aquelas pessoas com características e combinações de traços de personalidade, que identificam um potencial para liderança, pois são pessoas com impulso de realização e entusiasmo intelectual. “A abordagem das qualidades (ou traços) fundamenta-se na convicção de que a liderança consiste de determinadas características herdadas, ou traços de personalidade, que distinguem os líderes de seus seguidores.” (Laurie, 2004. p. 237).

 4. 3 Teoria Contingencial ou Situacional                            
Esta teoria não enfoca líder, mas sim a sua liderança, e os fatores situacionais e os liderados, quando se refere ao líder dá crédito à autoridade formal.         Aqui se destaca o cenário das relações de liderança e os liderados e as tarefas que estão sendo executadas dentro da empresa ou instituição.
Uma característica desta teoria é a possibilidade de resposta e ajuste do líder às situações. Estes ajustes podem ser no estilo de atuação, concordando assim com Montana e Charmov (1998, p. 231), quando afirmam que “[...] a eficácia de um líder é circunstancial ao comportamento do líder e a sua interação com os aspectos da situação.”
Partindo do princípio situacional, se conclui que não existe um estilo de liderança adequado e ideal, mas o líder deve ajustar um determinado estilo com a situação. Quanto aos liderados, a teoria aborda as expectativas e as motivações e interesses, assim aquele que satisfazer estes interesses para os liderados será considerado líder.       

5. Diferenças entre Chefe e Líder

O chefe tem o poder hierárquico podendo fazer uso dele, por exemplo, contratando ou demitindo, em empresas privadas, conforme seus critérios ou vontade. E nas empresas públicas, transferir os subordinados para outro setor ou instituição, em situações graves de disciplina ou desvio de conduta do servidor, e após os procedimentos de sindicância exonerar o servidor público.
E quanto ao líder, muitas vezes pode ser um colega da equipe, que com suas atitudes e competência profissional, técnicas culturais em consonância com a equipe, acabam por ter seguidores e colaboradores.

Q              QUADRO 1 – DIFERENÇAS NO ESTILO DE ATUAÇÃO ENTRE CHEFE E LÍDER
   CHEFE
LÍDER
[...] COLOCA AS PESSOAS A SEU SERVIÇO...
[...] SERVE ÁS PESSOAS...
[...] ESCOLHE AS PESSOAS...
[...] É ESCOLHIDO PELAS PESSOAS...
[...] TÊM SUBORDINADOS...
[...] TEM SEGUIDORES...
[...] PENSA EM RECURSOS HUMANOS...
[...] PENSA EM PESSOAS...
[...] PODER DE COMANDAR...
[...] PERMISSÃO DA EQUIPE...
[...] OLHA PARA O EXTERIOR DAS PESSOAS...
[...] OLHA PARA O INTERIOR DAS PESSOAS
              FONTE: (ARANTES, 2008, p. 22 e 23)

 6. Conclusão

As diferenças entre líder e chefe são grandes, porém pode-se considerar como uma atuação ideal o chefe apresentar-se com as características e personalidade de líder, unificando os conhecimentos técnicos e teóricos do chefe com as atitudes ponderadas e humanizadas do líder.
           Ao longo dos anos tem-se debatido, estudado e formulado diversas teorias relacionadas ao tema líder e liderança. No presente estudo, chegou-se a um consenso e concluiu-se que qualquer pessoa pode se tornar um líder se estiver disposta, tiver capacidade de adquirir habilidades, conhecimentos, e souber interagir de forma positiva com as pessoas na realização de uma atividade.
           Concluiu-se, ainda, que para um líder ser considerado eficaz e ideal, faz-se necessário mesclar os estilos de liderança, e usar um estilo em cada situação, conforme descreve a Teoria Situacional, página 12. Outro fator importante é considerar os diversos perfis e ter empatia com as personalidades que compõe a equipe.
              A maioria dos líderes eficientes consegue avaliar a equipe e ver como está desenvolvendo as atividades, o comprometimento e a sinergia, e aplicar o estilo de liderança necessário ou adequado. Diante desta constatação, pode-se afirmar que ser líder é influenciar um grupo de pessoas e ser influenciado pelo grupo.
              Espera-se que este estudo possa servir para auxiliar os futuros e atuais chefes ou líderes das empresas, públicas ou privadas, no sentido de se tornarem grandes e eficientes aos olhos de seus companheiros de equipe, contribuindo assim para o crescimento pessoal e profissional de todos.

7. Bibliografia

ARANTES, D. 101 Diferenças entre Chefe e Líder . São Paulo: Fênix, 2008.

BELOHLAVEK. P. Aprendizagem guiada por conselheiros. São Paulo: Blue Eagle, 2005.

BERGAMINI, C. W. Liderança, Administração do Sentido. São Paulo: Atlas, 1994.

COOPER, A. A. Como ser um líder. São Paulo: Cengage Learning, 2009.

CUSINS, P. Gerente de sucesso. São Paulo: Clio, 1994.

FIORELLI, J. O.  Psicologia para administradores: integrando teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000.

MONTANA, J. P. CHARNOV, H. B. Administração. São Paulo: Saraiva, 1998.

PONDER, R. D. Liderança passo a passo. São Paulo: M. Books, 2010.

SENGE, P.M. A quinta disciplina. São Paulo: Best Seller, 1999.






[1] Funcionário Público Estadual, jose40simoes@msn.com
[2] Graduada em Pedagogia e Orientação Educacional. Pós Graduada em Pedagogia Empresarial / Psicopedagogia Clínica e Institucional. Especialista em Educação, Desenvolvimento e Políticas Educativas. Mestre em Ciências da Educação. Orientadora do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Instituto Federal do Paraná – Educação a Distância. oliviasll@yahoo.com.br / http://www.oliviasll-psicopedagoga.blogspot.com
[3] Esta concepção talvez surja por haver nomeação daqueles com perfil de liderança a chefia. (Nota do autor)
[4]  Nas eleições pode ocorrer a troca do Presidente, Governador ou Prefeito (nota do autor).
[5] White e Lippitt fizeram um estudo em 1939 para verificar o impacto causado por esses três diferentes estilos de liderança em meninos de dez anos, orientados para a execução de tarefas. Os meninos foram divididos em quatro grupos e, de seis semanas, a direção de cada grupo era desenvolvida por líderes que utilizavam três estilos diferentes: a liderança autocrática, a liderança liberal (laissez-faire) e a liderança democrática.
[6] Evidenciada na Revolução Industrial.